Talvez seja necessário que eu utilize palavras sem sentido, porque o sentido excessivo que coloco nas palavras faz com que elas se tornem densas e criptografadas.
Mas como pensar em uma palavra tão simples e primária que possa perder seu próprio sentido? A simplicidade é a vida, e a vida nunca foi fácil, a simplicidade também não é.
Por mais que eu tente tirar o sentido das palavras, seus significados continuam a pipocar na minha cabeça.
domingo, 24 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
desenho
Essa obsessão, essa opressão toda que sinto, é uma tentativa egoísta de enganar a mim mesma de que realmente exista um ser que me possa completar?
O desenho é meu, é um sacrilégio e uma invasão que alguém tente interferir.
Se nasce sozinho, se morre sozinho e se desenha sozinho, e todas as crianças desenham.
O desenho é meu, é um sacrilégio e uma invasão que alguém tente interferir.
Se nasce sozinho, se morre sozinho e se desenha sozinho, e todas as crianças desenham.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
Verdade
Há de se dizer a verdade pelo único fato de ser verdade?
E quantas verdades diferentes terei que dizer para chegar em um pingo do que foi a realidade?
É necessário que eu aceite a imperfectibilidade da vida.
E quantas verdades diferentes terei que dizer para chegar em um pingo do que foi a realidade?
É necessário que eu aceite a imperfectibilidade da vida.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Entre nós dois
Entre nós dois foi sempre assim:
Cama, sangue, lençóis sujos
Tesão, tensão e contradição
Cama, sangue, lençóis sujos
Tesão, tensão e contradição
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Com você
Com você,
É a serenidade
E a cor
E o papel,
A sinceridade,
O natural,
O habitual
Com você,
São lindas
Paisagens
Mesmo que
Escuras
Disformes
Alteradas
Com você
É o cotidiano
O riso
É o tempo
Que passa
Diferente
É o tempo
Do nosso tempo
Com você,
A tranquilidade,
A harmonia
O entendimento
Com você,
A música
A voz
A parceria
A simplicidade
A vontade
A liberdade
Com você
É inesquecível
É breve
É intenso
É o novvo
É cotidiano
É descoberto
É descoberta
É a eterna
SINTONIA.
Dedicado a Liv.
É a serenidade
E a cor
E o papel,
A sinceridade,
O natural,
O habitual
Com você,
São lindas
Paisagens
Mesmo que
Escuras
Disformes
Alteradas
Com você
É o cotidiano
O riso
É o tempo
Que passa
Diferente
É o tempo
Do nosso tempo
Com você,
A tranquilidade,
A harmonia
O entendimento
Com você,
A música
A voz
A parceria
A simplicidade
A vontade
A liberdade
Com você
É inesquecível
É breve
É intenso
É o novvo
É cotidiano
É descoberto
É descoberta
É a eterna
SINTONIA.
Dedicado a Liv.
sábado, 24 de julho de 2010
Cantar
Eu chorei, esperneei, me dopei, me anestesiei, vivi normalmente, como um robô que segue seu script diário. Me apaixonei, me desapaixonei? Nunca se consegue esquecer.
Eu quis estar em grupo, tentando espantar a solidão. Mas mesmo em grupo, ainda há a solidão. Mas encontrei amigos. Sim, encontrei amigos!Olha só, ainda posso encontrar amigos! De que adianta querer ser profunda, reflexiva, se são só pistas, e tudo está fora da jurisdição.
Preciso de calma. De estar junto a mim, de estar junto de meus amigos. De rir com meus amigos.
Eu ri , eu quis rir. Trancafiada quis rir. Eu cantei para mim como o pássaro engaiolado canta. Ele canta não é para quem o engaiola, mas para tentar se distrair de sua prisão.Ele canta para ser feliz. Mas ele é feliz?
Hoje estou muda? Deveria cantar mais.
Cantar para se libertar! Desenhar o horizonte, as montanhas, tão fantasmagoricamente belas.
Juntar os cacos. Sempre. E viver, e cantar, e se libertar.
Eu quis estar em grupo, tentando espantar a solidão. Mas mesmo em grupo, ainda há a solidão. Mas encontrei amigos. Sim, encontrei amigos!Olha só, ainda posso encontrar amigos! De que adianta querer ser profunda, reflexiva, se são só pistas, e tudo está fora da jurisdição.
Preciso de calma. De estar junto a mim, de estar junto de meus amigos. De rir com meus amigos.
Eu ri , eu quis rir. Trancafiada quis rir. Eu cantei para mim como o pássaro engaiolado canta. Ele canta não é para quem o engaiola, mas para tentar se distrair de sua prisão.Ele canta para ser feliz. Mas ele é feliz?
Hoje estou muda? Deveria cantar mais.
Cantar para se libertar! Desenhar o horizonte, as montanhas, tão fantasmagoricamente belas.
Juntar os cacos. Sempre. E viver, e cantar, e se libertar.
terça-feira, 8 de junho de 2010
Nasci um olho ambulante, mas só descobri que nasci quando minhas mãos reconheceram meu próprio corpo.
Minhas mãos são minha consciência, aquilo que possuí o potencial de formar algo concreto, portal para a materialidade.Com elas, eu entro em contato com o mundo e ele entra em contato comigo.
O primeiro cumprimento é o encontro de minha mão com sua mão, com seu ombro, com seu ser. Ela diz tudo, ao mesmo tempo que não diz nada. A mão indica desejos, dá pistas de nervosismo, responde ao medo, indica empolgação, demonstra abertura, declara fechamento, responde, responde e fala, dialoga, acompanha, faz declarações, tudo em silêncio.
Minhas mãos são meu livro aberto para o mundo, ponte para o outro, instrumento que carrego para conhecer e reconhecer. Elas estão de tal forma incrustadas nos meus dias que não as percebo. Mas basta um momento tocando uma a outra, deslizando sobre os objetos que me circundam para perceber a riqueza, toda a riqueza que ignoro na penumbra do que é habitual.
Olho para sua silhueta repleta de falanges e linhas. Essas linhas que carregam minha identidade na ponta de cada dedo, essas linhas que marcam minha palma e segredam meu passado e meu futuro.
Meu passado aparece nos calos, calos dos que carregam o lápis na mão desde que aprenderam a segurar um. E lápis para desenhar e escrever, para descrever, orientar, para pensar e rabiscar. Com a ponta do lápis descrevo e absorvo o que está à minha volta. Impossível saber se o contato funciona de fora para dentro ou de dentro para fora.
Mas a maior parte do passado está escondida na capa invisível das lembranças. Só eu sei onde essas mãos já passaram e como passaram. Quantas tintas, cadernos, livros e canetas ja manusearam, quantas pessoas já tocaram e acariciaram, quantas vidas já envoltou, abraçou, quantos objetos já reconheceu no escuro, quanto já me ajudou, em silêncio e objetivamente, essas mãos que agora olho.
Minhas mãos são minha consciência, aquilo que possuí o potencial de formar algo concreto, portal para a materialidade.Com elas, eu entro em contato com o mundo e ele entra em contato comigo.
O primeiro cumprimento é o encontro de minha mão com sua mão, com seu ombro, com seu ser. Ela diz tudo, ao mesmo tempo que não diz nada. A mão indica desejos, dá pistas de nervosismo, responde ao medo, indica empolgação, demonstra abertura, declara fechamento, responde, responde e fala, dialoga, acompanha, faz declarações, tudo em silêncio.
Minhas mãos são meu livro aberto para o mundo, ponte para o outro, instrumento que carrego para conhecer e reconhecer. Elas estão de tal forma incrustadas nos meus dias que não as percebo. Mas basta um momento tocando uma a outra, deslizando sobre os objetos que me circundam para perceber a riqueza, toda a riqueza que ignoro na penumbra do que é habitual.
Olho para sua silhueta repleta de falanges e linhas. Essas linhas que carregam minha identidade na ponta de cada dedo, essas linhas que marcam minha palma e segredam meu passado e meu futuro.
Meu passado aparece nos calos, calos dos que carregam o lápis na mão desde que aprenderam a segurar um. E lápis para desenhar e escrever, para descrever, orientar, para pensar e rabiscar. Com a ponta do lápis descrevo e absorvo o que está à minha volta. Impossível saber se o contato funciona de fora para dentro ou de dentro para fora.
Mas a maior parte do passado está escondida na capa invisível das lembranças. Só eu sei onde essas mãos já passaram e como passaram. Quantas tintas, cadernos, livros e canetas ja manusearam, quantas pessoas já tocaram e acariciaram, quantas vidas já envoltou, abraçou, quantos objetos já reconheceu no escuro, quanto já me ajudou, em silêncio e objetivamente, essas mãos que agora olho.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Passagem na infância
Estava no colegial. Minha professora de Educação Artística organizara uma excursão para visitar a exposição temporária do Museu Vale do Rio Doce.
No ônibus fretado, a turma cantou músicas animadas para o entrosamento, algo relacionado ao roubo do pão na casa de um tal de João, até a chegada no local.
Na época, eu rabiscava muito durante as aulas. Desenhava, principalmente, personagens imaginários na contracapa dos cadernos. Todos contextualizados em histórias fantasiosas e mirabolantes de minha autoria.
Não pensava muito no conceito de arte. Mas, de acordo com minhas práticas, se relacionava à expressão de um sentimento ou sensação referentes a algum personagem de enredo específico. Mal sabia eu o quanto a exposição ampliaria meus horizontes.
Estava um dia quente, muito ensolarado. Enquanto nos acotovelávamos em uma fila idealmente reta, esperávamos a monitora para o acompanhamento na exposição. A professora deve ter introduzido algo sobre o artista e sua trajetória, não lembro muito bem.
Entramos em uma sala escura. Total negridão. Não sei se a falta de luz se fez sentir com mais intensidade pelo contraste entre os ambientes. Mas eu não esperava, absolutamente, aquela ausência toda. Na minha cabeça não fazia sentido uma exposição em lugar mal iluminado, esconder as obras para quê?
Então, quando os olhos começaram a se acostumar com o ambiente interno, comecei a perceber vários pontos luminosos vermelhos, quase como se uma nave espacial ou algo do gênero tivesse se instalado no meio da sala. Era grande, ia até o teto, ou assim eu pensava, já que na época não era lá uma pessoa muito alta.
O chiado, quando entramos no ambiente , era um tanto incômodo. Não podia distinguir um som de outro, era a sensação de ter entrado em uma sala em que todos começassem a falar ao mesmo tempo e a fazer sons distintos e isso se transformasse em um zumbido disforme e ininterrupto.
Cheguei mais perto, e só então pude perceber que não era uma nave, mas sim uma torre constituída de inúmeros rádios, alguns pareciam bem velhos, outros nem tanto. Enquanto eu contornava a torre radiofônica, dependendo da distância entre eu e as fontes sonoras, conseguia distinguir algumas músicas, ou vozes de interlocutores em seus programas matinais, ou, as vezes, somente chiados.
Foi quando recebi a informação de que a obra se chamava “Torre de Babel”. A partir desse momento, as sensações e as associações se misturaram em minha cabeça. Enquanto via o resto da exposição, uma parte de minha mente continuava refletindo o significado de tudo aquilo.
Foi a primeira vez que tive a sensação física de estar dentro de uma obra. E o mais impressionante foi que não se limitou às sensações auditivas, visuais e espaciais, mas aqueles minutos conseguiram ser prolongados tanto pela minha imaginação quanto por minhas reflexões. Foi como testemunhar uma indagação ou um mistério, porque não cheguei a uma conclusão ou significado, mas em uma multiplicidade, sem resposta final.
A obra “Torre de Babel”, de Cildo Meirelles, foi meu primeiro contato com o que mais tarde descobri chamarem de arte contemporânea.
No ônibus fretado, a turma cantou músicas animadas para o entrosamento, algo relacionado ao roubo do pão na casa de um tal de João, até a chegada no local.
Na época, eu rabiscava muito durante as aulas. Desenhava, principalmente, personagens imaginários na contracapa dos cadernos. Todos contextualizados em histórias fantasiosas e mirabolantes de minha autoria.
Não pensava muito no conceito de arte. Mas, de acordo com minhas práticas, se relacionava à expressão de um sentimento ou sensação referentes a algum personagem de enredo específico. Mal sabia eu o quanto a exposição ampliaria meus horizontes.
Estava um dia quente, muito ensolarado. Enquanto nos acotovelávamos em uma fila idealmente reta, esperávamos a monitora para o acompanhamento na exposição. A professora deve ter introduzido algo sobre o artista e sua trajetória, não lembro muito bem.
Entramos em uma sala escura. Total negridão. Não sei se a falta de luz se fez sentir com mais intensidade pelo contraste entre os ambientes. Mas eu não esperava, absolutamente, aquela ausência toda. Na minha cabeça não fazia sentido uma exposição em lugar mal iluminado, esconder as obras para quê?
Então, quando os olhos começaram a se acostumar com o ambiente interno, comecei a perceber vários pontos luminosos vermelhos, quase como se uma nave espacial ou algo do gênero tivesse se instalado no meio da sala. Era grande, ia até o teto, ou assim eu pensava, já que na época não era lá uma pessoa muito alta.
O chiado, quando entramos no ambiente , era um tanto incômodo. Não podia distinguir um som de outro, era a sensação de ter entrado em uma sala em que todos começassem a falar ao mesmo tempo e a fazer sons distintos e isso se transformasse em um zumbido disforme e ininterrupto.
Cheguei mais perto, e só então pude perceber que não era uma nave, mas sim uma torre constituída de inúmeros rádios, alguns pareciam bem velhos, outros nem tanto. Enquanto eu contornava a torre radiofônica, dependendo da distância entre eu e as fontes sonoras, conseguia distinguir algumas músicas, ou vozes de interlocutores em seus programas matinais, ou, as vezes, somente chiados.
Foi quando recebi a informação de que a obra se chamava “Torre de Babel”. A partir desse momento, as sensações e as associações se misturaram em minha cabeça. Enquanto via o resto da exposição, uma parte de minha mente continuava refletindo o significado de tudo aquilo.
Foi a primeira vez que tive a sensação física de estar dentro de uma obra. E o mais impressionante foi que não se limitou às sensações auditivas, visuais e espaciais, mas aqueles minutos conseguiram ser prolongados tanto pela minha imaginação quanto por minhas reflexões. Foi como testemunhar uma indagação ou um mistério, porque não cheguei a uma conclusão ou significado, mas em uma multiplicidade, sem resposta final.
A obra “Torre de Babel”, de Cildo Meirelles, foi meu primeiro contato com o que mais tarde descobri chamarem de arte contemporânea.
sexta-feira, 19 de março de 2010
A Porta
As trancas vão lenta e dolorosamente se movendo. Ela não sabe onde isso vai parar. Sente tanto medo, mas também empolgação. No peito a palpitação do novo antes dele chegar.
O estalo, o som que de tão baixinho recebe a maior atenção. O semblante tenso, os lábios apertados contra os dentes.
Um último e mais alto estalido.
Pronto! Está aberta!
Mas não basta que uma porta esteja destrancada para ser aberta. É preciso a coragem de dar o primeiro passo, e a inércia é tão sedutora...
O que está la fora já havia sido pintado tantas vezes por ela que já não sabia se devia evitar a provável maldade ou mergulhar na delícia do sonho.
Tinha medo. Mas fazia tanto tempo que ali estava, era seu lar e sua prisão. O conhecido, por pior que seja, tem lá seu aconchego. A novidade é a lâmina que roça na pele só para arrepiar a barriga.
A mão formigava, tremia porque formigava? O gesto, quase mecânico, fez os dedos delicados da menina sentirem a dureza do metal frio da maçaneta.
Nunca segundos foram tão duradouros. A cada milímetro deslizado para a esquerda era um arrepio na espinha. Os ombros e pescoço já se tensionavam à espera do pior, o coração pulava na expectativa do melhor.
Derrepente, naquele derrepente que nem ele mesmo sabe o momento certo que ocorreu, acabou-se a resistência, e só um leve empurrão já desenhou um feixe de luz geometrizado nas bordas da porta.
E o feixe foi se ampliando até se tornar o tudo que é branco existente nas folhas de papel, mas não por tempo tão prolongado. Só o suficiente para os olhos se acostumarem.
E lá estava, diante dela, o novo. Nem bom, nem ruim. Simplesmente o novo.
O estalo, o som que de tão baixinho recebe a maior atenção. O semblante tenso, os lábios apertados contra os dentes.
Um último e mais alto estalido.
Pronto! Está aberta!
Mas não basta que uma porta esteja destrancada para ser aberta. É preciso a coragem de dar o primeiro passo, e a inércia é tão sedutora...
O que está la fora já havia sido pintado tantas vezes por ela que já não sabia se devia evitar a provável maldade ou mergulhar na delícia do sonho.
Tinha medo. Mas fazia tanto tempo que ali estava, era seu lar e sua prisão. O conhecido, por pior que seja, tem lá seu aconchego. A novidade é a lâmina que roça na pele só para arrepiar a barriga.
A mão formigava, tremia porque formigava? O gesto, quase mecânico, fez os dedos delicados da menina sentirem a dureza do metal frio da maçaneta.
Nunca segundos foram tão duradouros. A cada milímetro deslizado para a esquerda era um arrepio na espinha. Os ombros e pescoço já se tensionavam à espera do pior, o coração pulava na expectativa do melhor.
Derrepente, naquele derrepente que nem ele mesmo sabe o momento certo que ocorreu, acabou-se a resistência, e só um leve empurrão já desenhou um feixe de luz geometrizado nas bordas da porta.
E o feixe foi se ampliando até se tornar o tudo que é branco existente nas folhas de papel, mas não por tempo tão prolongado. Só o suficiente para os olhos se acostumarem.
E lá estava, diante dela, o novo. Nem bom, nem ruim. Simplesmente o novo.
segunda-feira, 15 de março de 2010
O silêncio
Com todo meu silêncio
Eu grito o mais alto
Dos meus gritos
Contorno pela beira dos abismos
E desenho tudo aquilo
Que quero me tornar
O meu silêncio
É o mais alto dos cantos
A mais estupefata sirene
O mais berrante radar
A mais cruel e doce Rebeldia
A mais pecaminosa sintonia
Que teima em dançar sobre meus ouvidos
E aquele que ouve o som insuportável
Do meu silêncio
Nada mais que pó se tornará.
******************************
É o silêncio
É a pausa
Que reinam
Enquanto por dentro
O furacão arrasa.
Eu grito o mais alto
Dos meus gritos
Contorno pela beira dos abismos
E desenho tudo aquilo
Que quero me tornar
O meu silêncio
É o mais alto dos cantos
A mais estupefata sirene
O mais berrante radar
A mais cruel e doce Rebeldia
A mais pecaminosa sintonia
Que teima em dançar sobre meus ouvidos
E aquele que ouve o som insuportável
Do meu silêncio
Nada mais que pó se tornará.
******************************
É o silêncio
É a pausa
Que reinam
Enquanto por dentro
O furacão arrasa.
terça-feira, 2 de março de 2010
Nada é o bastante
Não é o bastante ser amoroso
Não é o bastante dar carinho
Não é o bastante andar com estilo
Não é o bastante dar conselhos
Ou se preocupar, se desdobrar
Ou até amar.
Amar não é o bastante.
Se a pessoa não se tem
Nada é o bastante
É só pura distração...
Não é o bastante dar carinho
Não é o bastante andar com estilo
Não é o bastante dar conselhos
Ou se preocupar, se desdobrar
Ou até amar.
Amar não é o bastante.
Se a pessoa não se tem
Nada é o bastante
É só pura distração...
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
seguir em frente
Deve-se seguir em frente, simplesmente seguir em frente.
Precisa aprender a aceitar, voltar ao normal,é necessário seguir em frente. Um pé atrás do outro, marchar em direção ao pedaço do infinito que nos cabe. Preciso deixar a teimosia de lado, buscar a flexibilidade, preciso agarrar a mudança com todas as forças para não cair, não gosto de cair, e mesmo se cair, deve-se seguir em frente, simplesmente seguir em frente.
Sem remorços, porfavor sem remorços, eles não fazem bem à saúde. Siga em frente, pare de olhar para trás...por enquanto só em frente, frente, enfrente só você enquato vai em frente, é preciso simplesmente seguir em frente.
Precisa aprender a aceitar, voltar ao normal,é necessário seguir em frente. Um pé atrás do outro, marchar em direção ao pedaço do infinito que nos cabe. Preciso deixar a teimosia de lado, buscar a flexibilidade, preciso agarrar a mudança com todas as forças para não cair, não gosto de cair, e mesmo se cair, deve-se seguir em frente, simplesmente seguir em frente.
Sem remorços, porfavor sem remorços, eles não fazem bem à saúde. Siga em frente, pare de olhar para trás...por enquanto só em frente, frente, enfrente só você enquato vai em frente, é preciso simplesmente seguir em frente.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
um grão
É preciso apenas um segundo, e o único segundo é o presente. O presente já passou e mudou o grão na sua mão. E o grão que passou já foi você, mas você é o grão que está caindo agora na sua mão, e esse grão recebe a responsabilidade de todos que já vazaram para o inferior da ampulheta.
Um só grão pode mudar a sua vida.
Um só grão pode mudar a sua vida.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Ano novo
O ano desabrocha como desabrocha esse sentimento em meu coração...
Que a lua que me olha seja também aquela a levar minha mensagem, e que o vento leve meu perfume para os caminhos mais longínquos.
A espera presente e a imaginação sempre frutificando suas delícias irreais intoxicam minha mente de esperanças difíceis de morrer. Já me acostumei, faz parte de mim.
Ao mesmo tempo a responsabilidade e as possibilidas pesam em minha balança, que sejam bem-vindos os novos dias!
Que a lua que me olha seja também aquela a levar minha mensagem, e que o vento leve meu perfume para os caminhos mais longínquos.
A espera presente e a imaginação sempre frutificando suas delícias irreais intoxicam minha mente de esperanças difíceis de morrer. Já me acostumei, faz parte de mim.
Ao mesmo tempo a responsabilidade e as possibilidas pesam em minha balança, que sejam bem-vindos os novos dias!
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