segunda-feira, 15 de março de 2010

O silêncio

Com todo meu silêncio
Eu grito o mais alto
Dos meus gritos
Contorno pela beira dos abismos
E desenho tudo aquilo
Que quero me tornar

O meu silêncio
É o mais alto dos cantos
A mais estupefata sirene
O mais berrante radar

A mais cruel e doce Rebeldia
A mais pecaminosa sintonia
Que teima em dançar sobre meus ouvidos

E aquele que ouve o som insuportável
Do meu silêncio
Nada mais que pó se tornará.

******************************

É o silêncio
É a pausa
Que reinam
Enquanto por dentro
O furacão arrasa.

Um comentário:

  1. Poderoso e sombrio o seu epílogo.Simples, concreto e profundo.

    Ao poema principal, ora.Tão espontaneo, tão revelador... que são as aparencias, afinal?!

    beijo.

    ResponderExcluir